O eu da bruxaria
Quando falamos em bruxaria, logo nos vem à mente uma mulher velha, feia, com verruga no nariz, ou um homem com cara de sério que faz encantos para prejudicar as pessoas.
A grande verdade é que vemos nas outras pessoas tudo aquilo que temos dentro de nós, tudo aquilo que somos internamente.
Ao longo de muitas existências certamente nos envolvemos em algum tipo de ritual, em alguma sociedade oculta onde era praticado algum tipo de magia.
Na maior parte das vezes nos envolvemos com magia negra.
O VM Rabolu dizia que a maior parte da humanidade tem pactos com a Loja Negra, e isto infelizmente é um fato. A Loja Negra (congregação formal ou informal, consciente ou inconsciente, de todos os seres que tenham Ego) sabe aliciar seus sequazes de maneira muito sutil e quando menos se espera estamos firmando pactos com essas instituições.
Dentro de nós temos uma classe de eus psicológicos que merece ser bem estudada; estes eus são os “eus da bruxaria”.
Por mais que uma pessoa nunca tenha, nesta existência, se interessado por algum tipo de magia, feitiçaria, encantos, poções mágicas etc., certamente leva dentro de si dezenas de agregados psicológicos que se interessam por esses assuntos, e até, não raro, no mundo astral, são magos negros terrivelmente perversos que trabalham dentro dos salões da Loja Negra.
Esses eus foram criados ao longo de nossas existências.
Hoje em dia, mediante a auto-observação podemos verificar isso que estamos afirmando. Quantas vezes não nos interessamos por simpatias, encantos, feitiços, magia? Quantas vezes não procuramos num desses livros de capa preta, onde estão repletos de encantos, mandingas e simpatias, alguma fórmula para conquistar o coração daquela pessoa que queríamos conquistar?
Quantas vezes não recorremos a alguma pessoa que sabia fazer despachos, encantos, “trabalhos”, para conquistar aquilo que queríamos, ou muitas vezes até para prejudicar alguém?
Outra forma muito discreta de os eus da bruxaria se manifestarem é quando forçamos o livre arbítrio das pessoas, quando queremos algo e insistimos por isso.
Se formos enumerar todas as coisas que existem dentro de nós e que nos levam a colocar em atividade o eu da bruxaria precisaríamos ficar horas e horas escrevendo sem parar.
Novamente afirmamos: O “eu da bruxaria” é um fato e precisa ser eliminado se quisermos seguir pelo caminho iniciático.
Muitos estudantes, muito bem intencionados, acabam fortalecendo o eu da bruxaria, fazendo mau uso do conhecimento esotérico.
Toda pessoa que comece a trabalhar com mantras, invocações, magia sexual, e não esteja eliminando o ego de momento em momento, está fortalecendo seus eus psicológicos.
Se não trabalhamos constantemente com a morte do eu, o ego domina todas nossas faculdades, tais como clarividência, clariaudiência etc.
Se essas faculdades caem nas mãos do ego, ele começa a utilizá-las em seu proveito e quando a pessoa menos espera se transforma em um mago negro, mesmo sem o saber.
Uma pessoa que desenvolve suas faculdades sem morrer se torna um pseudovidente, pseudo-ocultista, pensa que sabe muito, mas na verdade seu ego domina toda sua máquina e faz o que bem entender com suas faculdades.
O ego em posse das faculdades começa a freqüentar salões de magia negra no astral, faz pactos e escraviza a pessoa pelo resto de sua vida.
Muitas vezes, o simples fato de passarmos em frente a uma igreja, a um salão de magia, a uma casa de espiritismo, e sentirmos a curiosidade de saber o que ocorre lá dentro, já é suficiente para que à noite nosso eu da bruxaria se desdobre até aquele lugar sinistro e faça pactos com as pessoas que lá oficiam.
Outras pessoas têm o eu da bruxaria tão desenvolvido que à noite, enquanto dormem, seus eus atuam dentro da Loja Negra aliciando outras pessoas, fazendo o mal por toda parte onde passam. Na maioria das vezes a pessoa nem desconfia disso.
Existem pessoas que possuem o eu do vampirismo, roubam energias das pessoas somente com o olhar.
Quem nunca ouviu dizer?
Fulano tem olho gordo, olho ruim… Cicrano entrou na minha casa e todas as plantas morreram…
E na maioria das vezes essas pessoas que fazem isso nem sabem o que estão fazendo, são tão adormecidas que ignoram o mal que fazem ao próximo.
Por isso, a estes e muitos outros fatos podemos afirmar veementemente que o eu da bruxaria vive dentro de nós, em alguns ele se manifesta com maior intensidade, em outros em menor e devido a este fato precisamos trabalhar intensamente com esse defeito.
A melhor maneira é colocar a disciplina em nossa vida e começar a praticar o fator morrer, a morte em marcha.
Sempre que passarmos em frente a algum lugar que se diga místico, que faça rituais, salões de espiritismo, templos em geral, devemos nos auto-observar e eliminar aquele eu que surge dentro de nós naquele momento, aquele eu curioso, que quer saber o que acontece ali dentro, que se interessa por trabalhos de magia negra, simpatias, etc.
Dedicar a maior parte de nosso dia ao trabalho com a auto-observação, com a morte em marcha.
Não ler livros de autores pseudo-esotéricos, livros de encantos, de magias, feitiçarias, simpatias, etc., tudo isso engorda o eu da bruxaria e nos leva a fazer pactos com entidades negativas.
Sempre que entrarmos numa livraria e um livro desses nos chamar a atenção, devemos chamar nossa Divina Mãe Kundalini e suplicar a ela para que elimine de nossa psiquê esse defeito, que o desintegre.
Fazendo isso, praticando corretamente os três Fatores da Revolução da Consciência, que são:
· Castidade (Nascer)
· Autoconhecimento (Morrer)
· Amor Consciente (Sacrifício, Compaixão e Caridade)
aos poucos vamos rompendo com todos estes pactos que fizemos com a Loja Negra e assim conquistando o direito de visitar os templos da Loja Branca.
Lembrem-se: Só podemos servir a um Senhor.
Fonte: http://www.gnosisonline.org/defesa-psiquica/o-eu-da-bruxaria/